terça-feira, 3 de agosto de 2010

Católico… não praticante.

Não sei porquê mas bateu-me uma saudade do meu bom amigo Padre Abílio. Saudade das nossas sãs conversas a propósito de tudo e de nada. As que eu gostava mais eram as do Café do Orlando… já fora d’horas. Essas eram as que empolgavam. Mas lembrei-me, essencialmente, das outras. De quando me casou. De quando baptizou o meu filho. De quando baptizou a minha filha. Das comunhões de ambos. Das procissões. Do Jornal (que me continua “atravessada”). Das lições de português… Enfim, dele.


Mas bem isto a propósito de quê? Das recentes declarações públicas de um destacado elemento da Igreja. Teve a “ousadia” de propor que os srs. Políticos Católicos doassem vinte por cento dos seus ordenados para apoio aos mais desprotegidos. Ui! O que ele foi dizer… Primeira reacção: Políticos são políticos e não há cá católicos ou não católicos. São todos iguais. Mas atenção: há que distinguir entre católicos praticantes e não praticantes. Nada de misturas.


Foi aqui que relembrei de uma longa conversa que tive com o Padre Abílio. Dizia ele, e eu continuo a estar inteiramente de acordo: não há católicos praticantes e católicos não praticantes. Há católicos e outros crentes noutras religiões. Mas nunca a comparação veio tão a propósito. Era vê-los a “mandar a bola para canto”. O Sr. Eclesiástico que vá lá dar missa e que não se meta no plenário republicano, porque isto de “mexer no meu bolso” tem muito que se lhe diga. Então já não bastava PEC? Então já não chegava o Governo? Mais um esbulho? Nã!Nã!Nã!!! Ordem na casa!


Cada um dos interrogados fugiu como pode à questão. Dinheiro para os necessitados? Isso depende da consciência de cada um. Mas… que consciência? Do Bloco de Esquerda? Do CDS/PP? Do PCP? Do PS? Do PSD? D’Os Verdes? (Isto seguindo a ordem alfabética para não ferir susceptibilidades). Se for como aquilo que se tem dito pela proposta de alteração à Constituição, estamos arranjados.


Não façam juízos precipitados. Não tenho qualquer opinião formada em relação à proposta. Tenho em relação à maneira agressiva como ela tem sido contestada pelas mais diversas figuras da nossa política. Uns de uma maneira, outros doutra. Ou com uma vertente política, ou com uma vertente mais social. Vou deixar isso para os mais entendidos. O que me choca é que venham aí uns “tipos” (para não dizer “gajos”), armados em senhores da verdade e que cada vez mais me merecem menos credibilidade, a apelidar os proponentes quase de um crime de lesa pátria.


Penso que não vale a pena estar aqui a fazer a apologia do ego. Todos sabem que eu não sou do PSD mas também é bom que saibam que não sou do PCP. Sou um cidadão comum que defende as suas ideias até à exaustão sem prestar vassalagem a quem quer que seja. Sou aquele tipo de pessoa de quem se gosta ou se odeia. Felizmente, há mais quem goste e isso faz-me estar de consciência bem tranquila. Mas o que eu queria dizer é que não aceito, repito: não aceito, que venha um tipo qualquer à televisão dizer o que muito bem lhe apetece, sempre mandatado pelo povo português, a que eu também pertenço, apelidar o, ou os proponentes, de tudo quanto lhes vai na cabeça: irresponsáveis, irrealistas, demagogos, etc., etc., etc., e pergunto: e eles? Sim! E eles? São os iluminados? Só eles são sabedores do que é melhor?


Então, e as outras revisões constitucionais? Foram feitas por responsáveis, realistas, democratas, etc., etc., etc., não estarão no mesmo patamar? E olhem que esta afirmação vindo dum tipo como eu… tem muito que se lhe diga. Mas qual é a credibilidade destes “tipos” para virem à praça pública denegrirem a imagem de quem quer que seja sem o direito de resposta? Não deveria este ser um assunto de discussão da Assembleia da República? Ah! Percebo. Estamos na mesma. Se aquilo não fosse um bom emprego, alguém queria ir para lá? Pois é. Percebo. Mais do mesmo!


Estava aqui a escrever incessantemente sobre isto mas tenho que terminar o artigo. Este é daqueles temas que nunca se esgota. É só atirar uma pedra e só se ouvem vidros a estalar. Foi por isso que me lembrei: porque é que em vez de pedir dinheiro dos vencimentos dos políticos, católicos ou outros, não recorremos aos famosos “três efes” porque já fomos conhecidos? Sei lá. Porque não aprovar uma lei que obrigue a descontar vinte e cinco por cento das receitas de Futebol, das casas de Fado e das dádivas Fátima? É uma opinião, como qualquer outra.


Seria, talvez, bom que nos capacitássemos de que “isto” está mau para todos. Mais para uns do que para outros, é verdade, mas para quê estarmos a alvitrar cenas que sabemos nunca vão ser culminadas. E, já agora, apetece-me perguntar: e o caso do Padre de Fafe? Como é que se resolve? Isto da galinha da vizinha ser mais gorda do que a minha, tem muito que se lhe diga…


Abreijos,

Helderix


quinta-feira, 29 de julho de 2010

Yuri, um “Gentledog”.


Quis Deus, ou a Sociedade, que uns fôssemos Homens e outros Animais. Mas, se os homens e os animais são considerados Criaturas de Deus, porque é que a Sociedade quis fazer a distinção entre Seres Humanos e Animais?

Quanto mais avanço na idade, mais me apetece inverter os factores e alterar a velha máxima para: quanto mais conheço os cães, menos gosto dos homens.

Sem que nada o fizesse prever, ou talvez não, o Yuri deixou-nos. E deixou-nos, ele próprio, uma grande tristeza, um grande vazio, uma tremenda angústia de quem se sentiu impotente e, tal como nos humanos, uma tremenda mágoa por não ter a ciência, o dom ou a sabedoria, de poder prolongar-lhe a vida tanto quanto ele merecia.

Se fosse um ser humano, diria que ele era mudo. Só lhe faltava falar. Exagero? – Não! Verdade. Esta criatura de Deus tinha sentimentos, como qualquer um de nós. Só que não conseguia exprimi-los. Mas comunicava-os! Não quis Deus, dar-lhe aquela faculdade. Mas nós, os que com ele conviviam no dia-a-dia, sabíamos bem o que ele queria e ele, também, fazia entender-se.

Faltou aqui a palavra saudade, esse inexplicável sentimento tão lusitano, mas ainda é cedo para isso. Vai demorar algum tempo, não muito, para o sentir de verdade. Já hoje de manhã senti a sua falta a dar o habitual “bom dia” de rabo a abanar e de chinelo na boca.

Dormia dentro de casa, como qualquer um de nós. Tinha o seu espaço com todas as condições dignas. Quando víamos algumas imagens na televisão de pura miséria, muitas vezes comentávamos: será que com todas as campanhas que se fazem, com todos os apoios humanitários que se geram, com toda a pretensa solidariedade dos Estados que subsidiam as campanhas, em que o dinheiro corre para todos menos aqueles que precisam, não se conseguem arranjar condições minimamente dignas, tanto quanto um animal como o Yuri tinha?

Comia dentro de casa, como qualquer um de nós. Só não comia à mesa porque não conseguimos ensinar-lhe a comer de faca e garfo. Tinha alturas em que era sôfrego a comer, mas se o mandássemos comer devagar ele também o fazia. E quando lhe dava de comer com um garfo ou uma colher, ele quase não tocava com os dentes no metal, tal era a sua elegância. Comia da mão sem morder. Sorvia a comida. Comida deitada fora? – Não havia lá em casa. Não estou a falar de “restos”, mas de comida. Voltamos às imagens da televisão e, muitas vezes, comentávamos o facto de haver crianças no chamado 3.º mundo que se apanhassem à sua frente uma comida daquelas… Como o mundo é injusto.

Havia uma coisa que ele não fazia dentro de casa: as suas necessidades. Mas era educado ao ponto de “aguentar” que nos levantássemos de manhã para que ele viesse à rua fazê-las. Sempre acompanhado de alguém que lhe levantaria os dejectos, desde que estes fossem largados em local menos próprio. E se essa vontade lhe surgisse durante o dia, era vê-lo levantar-se, dirigir-se à porta e se não conseguisse abri-la (sim, porque ele abria-a), olhava em nossa direcção e, com o olhar (aquele olhar meigo e terno), pedia “como que a dizer”: preciso de ir lá fora.

Já na sua fase terminal, ainda que nós não soubéssemos, dois dias antes de nos deixar, sem ninguém a quem pedir para sair, afastou-se dos sítios normais de passagem das pessoas, foi ao cimo do terraço e aí se libertou da sua vontade. Educação? – Chamem-lhe o que quiserem. Não se esqueçam de que estamos a falar de um cão.

Na véspera da sua partida, de manhã, esperou até quando pode que lhe viessem abrir a porta, não aguentou mais e vomitou mesmo ali. Não no sítio onde, se calhar, pretendia mas fora de casa. E olhou como que a dizer: Desculpem. Noção da situação? – Digam o que quiserem. Continuem a não se esquecer de que estamos a falar de um cão.

No dia em que partiu foi, como era normal, fazer as suas necessidades à rua, embora de uma maneira mais arrastada e, ao mesmo tempo, mais célere e, ao voltar para casa, já não conseguiu passar da viela de entrada. Foi preciso pegar-lhe ao colo e trazê-lo para o local onde veio a dar o último suspiro, enquanto esperava pelo veterinário e pelo seu “velho” companheiro de luta, o Zé Carlos. Parece que esteve à espera que ele chegasse para se despedir com um beijo. Sim, um beijo. E como ele sabia beijar… e quando beijar.

Lá em casa todos nos cumprimentamos, à entrada e à saída, com um beijo. O Yuri tentava imitar-nos. Saltava para nós, tentando alcançar a nossa cara e lamber-nos. Não foram poucas as vezes que cada um de nós ficou com um lábio inchado porque ele nos bateu com um dente, inadvertidamente. Comentávamos, muitas vezes, o facto do “gelo” que existe entre os vários elementos de uma família e perguntávamos: é isto um cão? Não se esqueçam que é dele que estamos a falar.

Quando o Chefe (o Sr. Avelino), começou a ficar mais debilitado, bastou que lhe dissesse uma ou duas vezes que ele não podia saltar para ele porque o desequilibrava, para isso deixar de acontecer. Mas pensam que isso o desmoralizou e que deixou de o cumprimentar? – Enganam-se. Assim que pressentia a sua chegada, era vê-lo “dar ao rabo”, ir buscar o “brinquedo” ou um chinelo para receber o seu habitual afago de bons dias. Posto isto, sentava-se paulatinamente à espera da sua torrada matinal (ou sopas de pão em leite), e do afago na cabeça e no lombo.

Há pouco tempo o Chefe esteve hospitalizado e ele sentiu a sua falta. Notava-se no seu gesto meigo a olhar em redor não o encontrando e descansava o focinho em cima das patas dianteiras e ficava com o seu olhar terno fixado na sua cadeira de encosto. Quando lhe dissemos: o Chefe vem hoje, foi ver aquele gesto rápido a levantar-se e dirigir-se à porta e ficar naquele frenesim do reencontro. Que alegria. Na noite que antecedeu a sua partida, esteve sempre deitado aos seus pés como que a despedir-se. Já pressentia?

Que raiva não termos pressentido… mas nós somos seres humanos. Eles… são criaturas de Deus. Animais?... Mas o povo não diz que os animais pressentem as desgraças? Que dor nós não sermos como eles.

Se batiam à porta ou, mesmo que não batessem, ele pressentisse que alguém se aproximava, ladrava. Fazia o seu papel. Mas ai de quem entrasse em casa e não o fosse “cumprimentar”. Ele sabia que fazia parte integrante da família. Também tinha de ser cumprimentado. Depois disso sossegava. Não sei se lhe devo chamar “educação”, mas que tem que se lhe diga, isso tem. Saber estar? – Conheço muito quem nem sequer tenha esta postura.

No último aniversário do Zé Carlos, como é normal, cantámos os parabéns. Quando o Zé Carlos apagou as velas o Yuri começou a ladrar e não se calou enquanto não cantámos os parabéns de novo. O que é que isto quis dizer? – É inexplicável. Não se esqueçam de que continuamos a falar dum cão. Um cão muito especial, mas um cão.

Como diz o Zé Carlos no seu blog e no facebook, o Yuri foi uma lição de vida. Foi, não. É! Todos aprendemos com ele. E que lições nos deu. Até na “partida” foi digno. Podemos falar de dignidade? Podemos pois. Não podemos, porquê? Por se tratar de um cão? Há por aí muita gente que é bem pior que animais e nem sequer um porte digno tem. Maugrado algumas investidas de estranhos, na tentativa de o denegrir (ou à raça), o Yuri teve sempre um porte digno. Nunca prejudicou ninguém. Dizem que os cães são a imagem do seu “dono”. É verdade. O Yuri teve sempre o porte do seu “dono”. Justo. Humilde. Preocupado. Amigo. Solidário. Companheiro. Cooperante. Bom. Calmo. Paciente.

Sim. O “dono” é tudo isto. É um tipo normal. Se calhar o anormal era o Yuri e é dele que continuamos a falar.

Como devem ter reparado, nunca falei de morte, até aqui. É propositado. A vida é uma passagem. Foi isso que aconteceu ao Yuri. Se o Yuri fosse um ser humano a sua idade rondaria os 70 anos. É esse o cálculo científico que se faz. Uma relação de 1 para 7. Atendendo à actual estimativa de vida, pode considerar-se que ainda estava aí para durar. Estava agora a começar a gozar os seus primeiros anos de reforma, antes que venha o Governo e altere o ponto crítico. Mas Deus não quis e levou-o a viajar mais cedo. Achava que ele era bom de mais e fazia falta na sua equipa.

É assim que o vou recordar: longe de nós mas sempre presente. Vou recordar quando a “dona” (a Belinha) lhe ralhava e o castigava mandando-o deitar na sua cama. Ele obedecia. E depois, “pata ante pata”, vinha, deitava a cabeça no regaço dela, lambia a mão e olhava com aquele olhar de quem sabia que tinha feito mal mas que não a conseguia deixar indiferente. Se ela não reagia, para lhe mostrar que estava zangada, ele enfiava-lhe o focinho debaixo do braço e obrigava-a a fazer-lhe uma carícia. E lá vinha o abraço e os beijinhos e a lambidela de desculpas. Quadro difícil de imaginar, não é? Estamos a falar de um cão, lembram-se? Nas escolas não há esta humildade de pedir desculpa quando se viu que se errou, apesar dos “castigos” ou das chamadas de atenção dos professores.

Se fosse humano, o Yuri seria um Gentleman. Como é uma Criatura de Deus, desculpem-me o estrangeirismo, e nem sei se a palavra existe, mas gostaria de o recordar como um Gentledog.

Quando me bater aquela saudade de que vos falei ao princípio, então passearei com o Yuri numa qualquer página deste jornal a reviver a nossa sã convivência em comparação com a “sociedade”, cada vez mais podre, em que vivemos. Por agora quero recorda-lo a dormir serenamente. Foi assim que me pareceu quando o “deixei” partir.

Dorme em paz Yuri.

Abertura

Esta "cena" das tecnologias modernas mexe comigo. Apesar de ter uma relação próxima com os computadores, desde 1976, tem sido uma luta tremenda para acompanhar esta evolução, muitos bytes à frente, e que não pára.

È evidente que o meu acompanhamento tem sido muito mais na óptica do utilizador prático do que técnico. Os “bites”, os “bytes”, os Kbytes”, os “Mbytes”, as “Drives”, os “Links”, etc., etc., etc., isso deixo para quem sabe do ofício. Eu só quero poder desfrutar da evolução. Navegar (ai navegar, navegar, ó minha caninha doce…).

Mas, dizia eu, fazendo uso destas “modernices”, já há muito que era minha intenção criar um blogue (vamos utilizar termos nacionais segundo novo acordo ortográfico, tanto quanto possível), principalmente depois de ter abandonado a escrita, mais ou menos habitual, numa coluna do JM que dava, e dá, pelo nome de “Críticas do Pau de Fio”.

O “desaparecimento”, tão súbito quanto inesperado, do Yuri (um Gentledog), precipitou esta minha decisão adiada de há longo tempo. Não tem qualquer pretensiosismo, antes tende ser um espaço tipo “muro das lamentações” que, também já há muito tempo deixei nos “Sócios da Mangueira”. Coisas incompreensíveis que, cada vez mais, começam a fazer sentido na sociedade conturbada em que vivemos.

Havemos de perceber isto com o decorrer do tempo. Cada um de nós terá a sua opinião.

Volta e meia, meia volta, dou comigo a pensar com os meus botões e a comentar; gostava de publicar isto no JM, mas algo me diz que “vai dar bronca” e não publico. Nem escrevo, para não haver tentações. Um jornal é um jornal e a escrita de opinião tem que ter algum critério. Há muitas pessoas e responsabilidades envolvidas e é preciso que nos respeitemos.

Que não me respeitem a mim, eu aceito. Mas já não aceito não respeitar os outros. Por isso, não tenho o direito de escrever nas colunas de um jornal, coisas que podem ferir susceptibilidades e co-responsabilizar terceiros, quando a responsabilidade é só minha. Assim, assumindo por inteiro aquilo que aqui possa vir a escrever, estou muito mais à vontade para poder desabafar as minhas mágoas.

Real República dos Ónagros, porquê? – É um título que já uso há muito tempo mas que nunca divulguei. O significado de Ónagro pode abranger várias vertentes, daí o seu interesse e a sua explicação, Dentro dessas vertentes abrangentes, cada um pode ter, ou fazer, a sua interpretação. A exemplo das “Críticas do Pau de Fio”, pretende ser um espaço amplo onde podemos divagar sempre vestidos de preto.

Numa vertente académica, uma república destaca-se das outras casas para estudantes pelo seu objectivo de, além do estudar para disciplinas procura também ensinar um “saber viver”, “saber fazer” e “saber dizer” utilizando a vida boémia e convívios para despertar o debate e reflexão por temas mais complexos.(Wikipédia)

Vou tentar fazer deste espaço, não uma casa mas um auditório ou um fórum, se quiserem, onde se possam partilhar ideias, pensamentos, críticas, opiniões, contrastes do dia-a-dia… eu sei lá! Tudo o que entendermos por bem. Neste espaço, onde liberdade não significa libertinagem ou rebeldia significa revelia, nem contestação significa anarquia, é proibido proibir.

Vamos, então, mutuamente fazer um pacto e trocar conhecimentos e vivências onde possamos ensinar-nos a saber viver, a saber fazer, a saber dizer de uma forma coerente.

Como não podia deixar de ser, até porque é ele o grande responsável por esta decisão, o primeiro texto é inteiramente dedicado ao Yuri (um Gentledog). Penso que irá ser publicado no JM, mas faz todo o sentido que faça parte da história deste espaço. Poucas pessoas perceberão isto mas também o tempo o há-de explicar.

Enquanto não arranjo uma forma de despedida condicente com o blogue, despeço-me com uma máxima de outro grande vulto da nossa sociedade: façam-me o favor de ser felizes.